O acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, liderada por um especialista em dependência química, é fundamental na fase inicial do tratamento do alcoolismo. Assim, os sintomas podem ser amenizados, evitando que o paciente volte ao vício. A partir daí, as consequências físicas, intelectuais, psicológicas e sociais do vício podem ser tratadas. E a família, que sofre tanto quanto o dependente, também precisa de supervisão médica e psicológica.
A terapia de grupo é um dos métodos mais eficientes no controle do alcoolismo e é indicada, inclusive, em paralelo com o tratamento médico. No Brasil e no mundo, os Alcoólicos Anônimos (AA) são referência no apoio a alcoólatras há mais de 50 anos.
Na entidade, voluntários (em geral, dependentes em recuperação) dão apoio emocional e ajudam o usuário de álcool a aceitar sua limitação, sem qualquer custo. Assim, ele ganha autoconfiança para continuar o tratamento. A psicoterapia individual também atua como uma ferramenta importante, em que o dependente revela suas angústias e lida com seus medos.
Remédios ajudam no tratamento
O psicoterapeuta identifica fatores de risco e cria estratégias de comportamento que ajudam a evitar recaídas. Em geral, os médicos ainda prescrevem medicamentos que auxiliam o alcoólatra a reduzir o consumo, alcançar e manter a abstinência. A alternativa mais radical, porém eficiente em boa parte dos casos, é a internação em clínicas e hospitais psiquiátricos ou de reabilitação.
Neste caso, a decisão deve partir de um especialista, com base em critérios bem claros e total apoio da família.
É consenso entre profissionais de saúde, no entanto, que nenhuma dessas ferramentas será eficaz se não houver a adesão e a tivação do paciente para alcançar e manter a abstinência, evitando o álcool para o resto de sua vida.